O “Flapping” no autismo

O "flapping" no autismo

O “Flapping” no Autismo é um comportamento intrigante, que gera curiosidade, e muitas vezes, deixa os pais de crianças autistas angustiados.

Assim, neste artigo, vamos explorar o que sabemos sobre o funcionamento desse comportamento e o que pode influenciar e levar ao “Flapping”.

O Que é o “Flapping” ?

O “flapping” é um comportamento repetitivo que envolve movimentos rítmicos e repetitivos das mãos, pulsos ou braços.

É um comportamento estereotipado comum em pessoas com autismo.

Pode ocorrer em várias situações, sendo uma forma de autoestimulação.

Entendendo o “Flapping”

A fisiopatologia (funcionamento) do “flapping” ainda não é completamente compreendida, mas várias teorias foram propostas.

Primeiramente, alguns pesquisadores acreditam que o “flapping” pode estar relacionado à regulação sensorial.

Seria uma forma que o autista tem de aliviar a ansiedade causado por situações em que ele não se sente confortável, que saem de sua rotina, por exemplo.

O Flapping também ajuda o Autista a lidar com a sobrecarga de estímulos sensoriais (luzes, sons, texturas)

O “Cérebro Autista” tem preferência por pequenas partes e não o todo. Pra ele, mundo e as pessoas representam uma sobrecarga sensorial.

Assim, quando o Autista foca no Flapping, ele consegue limitar o ambiente, que lhe causa angústia, e se sente mais confortável e confiante.

Autistas não verbais (que não se comunicam através da fala) também expressam sua felicidade e satisfação através do Flapping.

Assim é usado não só em situações de estresse, mas também quando o Autista se sente bem. Uma forma não verbal de se expressar.

A importância da Rotina no Autismo

As mudanças na vida diária, de atividades, ambientes ou situações podem ser desencadeadores pois são extremamente desconfortável para os autistas.

Dicas para Lidar com o “Flapping”

Compreensão e Aceitação: Primeiramente, é essencial entender que o “flapping” é uma parte da vida de muitas pessoas com autismo e deve ser respeitado. Não é um comportamento prejudicial.

Previsibilidade: Tente tornar as mudanças de rotina mais previsíveis, fornecendo horários visuais ou antecipando com avisos claros. Isso pode ajudar a reduzir a ansiedade.

Espaços de Calma: Ofereça espaços de calma onde a pessoa possa se retirar e praticar o “flapping” se for reconfortante. Ter um local tranquilo para essa autorregulação é importante.

Comunicação: Use comunicação simples e direta para explicar as mudanças iminentes durante as transições. Isso pode ajudar a pessoa a se preparar.

Conclusões

A fisiopatologia do “flapping” nos autistas é um tópico em evolução, e nossa compreensão ainda está em desenvolvimento.

Como cuidadores, familiares e profissionais de saúde, nosso papel é apoiar as pessoas com autismo, respeitando suas necessidades e compreendendo que o “flapping” é uma parte de quem são.

O respeito, a aceitação e o apoio durante as transições e adaptações da vida desempenham um papel importante na promoção do bem-estar das pessoas com autismo.




Sou o Dr. Ronaldo Mochizuki !!
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